domingo, 29 de abril de 2012

Prática Espírita

Toda a prática espírita é gratuita, como orienta o princípio moral do Evangelho: “Daí de graça o que de graça recebestes”. A prática espírita é realizada com simplicidade, sem nenhum culto exterior, dentro do princípio cristão de que Deus deve ser adorado em espírito e verdade. O Espiritismo não tem sacerdotes e não adota e nem usa em suas reuniões e em suas práticas: altares, imagens, andores, velas, procissões, sacramentos, concessões de indulgência, paramentos, bebidas alcoólicas ou alucinógenas, incenso, fumo, talismãs, amuletos, horóscopos, cartomancia, pirâmides, cristais ou quaisquer outros objetos, rituais ou formas de culto exterior. O Espiritismo não impõe os seus princípios. Convida os interessados em conhecê-lo a submeterem os seus ensinos ao crivo da razão, antes de aceitá-los. A mediunidade, que permite a comunicação dos Espíritos com os homens, é uma faculdade que muitas pessoas trazem consigo ao nascer, independentemente da religião ou da diretriz doutrinária de vida que adotem. Prática mediúnica espírita só é aquela que é exercida com base nos princípios da Doutrina Espírita e dentro da moral cristã. O Espiritismo respeita todas as religiões e doutrinas, valoriza todos os esforços para a prática do bem e trabalha pela confraternização e pela paz entre todos os povos e entre todos os homens, independentemente de sua raça, cor, nacionalidade, crença, nível cultural ou social. Reconhece, ainda, que “o verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza”. Fonte: Folheto “Conheça o Espiritismo, uma Nova Era para a humanidade”. Editado pela FEB – 1996. Publicado: Revista “Reformador” – FEB, abril/2006.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

DIVINO AMIGO, VEM

Senhor, Tu que nos deste no Tempo O sábio condutor de nossos destinos, Faze-nos entender a bênção dos minutos, A fim de não perdermos o tesouro dos séculos... Porque o Tempo, Senhor, Guardando-nos a alma Nos braços das horas incessantes, Embora nos amadureça o entendimento, Não nos ergue da Terra Ao encontro de Ti. Por ele, temos a hora do berço E a hora do túmulo, A hora de semear E a hora de colher, A hora de rir E a hora de chorar... Com ele, temos a experiência Da dor e da alegria, Da ilusão e da realidade, Do conforto e da angústia, Que, em nos transformando o raciocínio, Não nos alteram o coração. É por isso, Senhor, Que Te rogamos Assistência e socorro ... Ajuda-nos a cooperar com os dias, Para que os dias colaborem conosco. Ensina-nos a buscar A hora de buscar-Te, No respeito aos Teus desígnios, No trabalho bem vivido, No estudo de Tuas leis, No serviço aos semelhantes, Na contemplação de Tua grandeza E na ação constante do bem. Livra-nos da inércia, Porque sem Tua bênção A ronda dos milênios É só repetição, Prova e monotonia... Divino Amigo, vem!... E ampara-nos a senda Porque, sem Ti, o Tempo, Embora sendo luz E embora sendo vida, Sem que Te procuremos, Deixar-nos-á clamando Nos abismos da sombra, Da aflição e da morte!... (Do livro "Instruções Psicofônicas", Emmanuel, Francisco C. Xavier)

segunda-feira, 23 de abril de 2012

A LINDA HISTÓRIA DE "BONECA" - CACHORRA DE CHICO XAVIER

Chico Xavier tinha uma cachorra de nome Boneca, que sempre esperava por ele, fazendo grande festa ao avistá-lo. Pulava em seu colo, lambia-lhe o rosto como se o beijasse. O Chico então dizia: – Ah Boneca, estou com muitas pulgas! Imediatamente ela começava a coçar o peito dele com o focinho. Boneca morreu velha e doente. Chico sentiu muito a sua partida. Envolveu-a no mais belo xale que ganhara e enterrou-a no fundo do quintal, não sem antes derramar muitas lágrimas. Um casal de amigos, que a tudo assistiu, na primeira visita de Chico a São Paulo, ofertou-lhe uma cachorrinha idêntica à sua saudosa Boneca. A filhotinha, muito nova ainda, estava envolta num cobertor e os presentes a pegavam no colo, sem contudo desalinhá-la de sua manta. A cachorrinha recebia afagos de cada um. A conversa corria quando Chico entrou na sala e alguém colocou em seus braços a pequena cachorra. Ela, sentindo-se no colo de Chico, começou a se agitar e a lambê-lo. - Ah Boneca, estou cheio de pulgas! disse Chico. A filhotinha começou então a caçar-lhe as pulgas e parte dos presentes, que conheceram a Boneca, exclamaram: “Chico, a Boneca está aqui, é a Boneca, Chico!” Emocionados, perguntamos como isso poderia acontecer. O Chico respondeu: - Quando nós amamos o nosso animal e dedicamos a ele sentimentos sinceros, ao partir, os espíritos amigos o trazem de volta para que não sintamos sua falta. É, Boneca está aqui, sim e ela está ensinando a esta filhota os hábitos que me eram agradáveis. Nós seres humanos, estamos na natureza para auxiliar o progresso dos animais, na mesma proporção que os anjos estão para nos auxiliar. Por isso, quem maltrata um animal é alguém que ainda não aprendeu a amar.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

O Passe




O passe não é unicamente transfusão de energias anímicas. É o equilibrante ideal da mente, apoio eficaz de todos os tratamentos.

Desânimo e tristeza, tanto quanto insatisfação e revolta, são síndromes da alma, estabelecendo distonias e favorecendo moléstias do corpo.

Se há saúde, esses estados de espírito patrocinam desastres orgânicos; na doença equivalem a fatores predisponentes na desencarnação prematura.

Mas não é só isso.

Em todo desequilíbrio mental as forças negativas entram mais facilmente em ação instalando processos obsessivos de duração indeterminada.

Se usamos o antibiótico por substância destinada a frustrar o desenvolvimento de microorganismos no campo físico, por que não adotar o passe por agente capaz de impedir as alucinações depressivas, no campo da alma?

Se atendemos à assepsia, no que se refere ao corpo, por que descurar dessa mesma assepsia no que tange ao espírito?

A aplicação das forças curativas em magnetismo enquadra-se à efluvioterapia com a mesma importância do emprego providencial de emanações da eletricidade.

Espíritas e médiuns espíritas, cultivemos o passe, no veículo da oração, com o respeito que se deve a um dos mais legítimos complementos da terapêutica usual.

Certamente os abusos da hipnose, responsáveis por leviandades lamentáveis e por truanices de salão, em nome da ciência, são perturbações novas no mundo, mas o passe, na dignidade da prece, foi sempre auxílio divino às necessidades humanas. Basta lembrar que o Evangelho apresenta Jesus, ao pé dos sofredores, impondo as mãos.

ANDRÉ LUIZ/CHICO XAVIER