sábado, 29 de novembro de 2014

Contratempo

Diante de quaisquer contratempos, pensa no bem. O trabalho estafante... Será ele a providência que te habilita à vitória contra o assédio de perturbações que te espreitam a estrada. O encontro perdido... Semelhante contrariedade decerto apareceu, em tua defesa própria. A realização adiada... A procrastinação de teus desejos estará funcionando, em teu benefício, para que não entres em determinados compromissos fora de tempo. A viagem desfeita... O plano frustrado, provavelmente, é o recurso com que se te garante o equilíbrio. O carro enguiçado... O incidente desagradável é o processo de forrar-te contra acidentes possíveis. O mal estar orgânico... A enfermidade menor haverá surgido, a fim de induzir-te a tratamento inadiável. A afeição que se afasta... A separação vale por cirurgia no campo da alma, muita vez, resguardando-te a paz e a segurança. A morte no lar... A despedida de um ente querido, quase sempre, procede da Misericórdia do Senhor; no sentido de evitar sofrimento maiores para aquele que parte, tanto quanto para aqueles que ficam. Diante de qualquer obstáculo, reflete no bem, porque no curso de todas as circunstâncias, por detrás dos contratempos da vida, a Bondade de Deus jaz oculta. Livro: Coragem - Emmanuel / Francisco Cândido Xavier

A cada posição, sua revelação

“Moisés trouxe a missão da Justiça; o Evangelho, a revelação insuperável do Amor; e o Espiritismo, em sua feição de Cristianismo redivivo, traz, por sua vez, a sublime tarefa da Verdade.” (Questão 271 de O Consolador). * * * Quando Jesus chega trazendo a segunda revelação – a central - na qual o amor, a generosidade e a complacência deveriam cobrir a ‘multidão de pecados’ de uma adúltera, por exemplo, é possível que os caminhos, de Moisés até Ele, já estivessem ou devessem estar mais aplainados. Estaria aqui, instalada, a revelação do amor; ou este se sobrepondo à justiça. Impossível se falar de amor a um povo cuja necessidade premente era a justiça, como imperativo seria não falar de ‘verdades inteiras’ a confrades que por hora necessitavam mais da lei da compaixão do que de uma veracidade explícita, visto que os homens receberão sempre as revelações divinas de conformidade com a sua posição evolutiva. Sendo que ainda hoje, a Justiça de Moisés não está implantada, a complacência de Jesus não foi bem entendida e ainda nos fazemos surdos às verdades do Espiritismo, é possível que somente quando a fraternidade – a religião do futuro, segundo Hammed - for implantada no Planeta, se estabeleça, em definitivo, a regeneração, evidenciando uma quarta revelação: A cada posição evolutiva, sua revelação! Não tenhamos dúvidas que a fraternidade será o somatório de toda a justiça, mais o amor e mais toda a verdade praticados na Terra. Ou as três revelações como receitas para uma quarta! Compreendemos também, dessa forma, que Moisés [não] transmitiu ao mundo a lei definitiva, mas que esta se adéqua constantemente à evolução deste mundo! (Sintonia: Questão 271 de O Consolador, pg. 186, de Emmanuel/Francisco Cândido Xavier, editora FEB, 29ª edição)

Prece de Agradecimento

"Muito obrigado Senhor! Muito obrigado pelo que me deste. Muito obrigado pelo que me dás. Obrigado pelo pão, pela vida, pelo ar, pela paz. Muito obrigado pela beleza que os meus olhos vêem no altar da natureza. Olhos que fitam o céu, a terra e o mar Que acompanham a ave ligeira que corre fagueira pelo céu de anil E se detém na terra verde, salpicada de flores em tonalidades mil. Muito obrigado Senhor! Porque eu posso ver meu amor. Mas diante da minha visão Eu detecto cegos guiando na escuridão que tropeçam na multidão que choram na solidão. Por eles eu oro e a ti imploro comiseração porque eu seique depois desta lida, na outra vida, eles também enxergarão! Muito obrigado Senhor! Pelos ouvidos meus que me foram dados por Deus. Ouvidos que ouvem o tamborilar da chuva no telheiro A melodia do vento nos ramos do olmeiro As lágrimas que vertem os olhos do mundo inteiro! Ouvidos que ouvem a música do povo que desce do morro na praça a cantar. A melodia dos imortais, que se houve uma vez e ninguém a esquece nunca mais! A voz melodiosa, canora, melancólica do boiadeiro. E a dor que geme e que chora no coração do mundo inteiro! Pela minha alegria de ouvir, pelos surdos, eu te quero pedir Porque eu sei Que depois desta dor, no teu reino de amor, voltarão a sentir! Obrigado pela minha voz Mas também pela sua voz Pela voz que canta Que ama, que ensina, que alfabetiza, Que trauteia uma canção E que o Teu nome profere com sentida emoção! Diante da minha melodia Eu quero rogar pelos que sofrem de afazia. Eles não cantam de noite, eles não falam de dia. Oro por eles Porque eu sei, que depois desta prova, na vida nova Eles cantarão! Obrigado Senhor! Pelas minhas mãos Mas também pelas mãos que aram Que semeiam, que agasalham. Mãos de ternura que libertam da amargura Mãos que apertam mãos De caridade, de solidariedade Mãos dos adeuses Que ficam feridas Que enxugam lágrimas e dores sofridas! Pelas mãos de sinfonias, de poesias, de cirurgias, de psicografias! Pelas mãos que atendem a velhice A dor O desamor! Pelas mãos que no seio embalam o corpo de um filho alheio sem receio! E pelos pés que me levam a andar, sem reclamar! Obrigado Senhor! Porque me posso movimentar. Diante do meu corpo perfeito Eu te quero rogar Porque eu vejo na Terra Aleijados, amputados, decepados, paralisados, que se não podem movimentar. Eu oro por eles Porque eu sei, que depois desta expiação Na outra reencarnação Eles também bailarão! Obrigado por fim, pelo meu Lar. É tão maravilhoso ter um lar! Não é importante se este Lar é uma mansão, se é uma favela, uma tapera, um ninho, um grabato de dor, um bangalô, uma casa do caminho ou seja lá o que for. Que dentro dele, exista a figura do amor de mãe, ou de pai De mulher ou de marido De filho ou de irmão A presença de um amigo A companhia de um cão Alguém que nos dê a mão! Mas se eu a ninguém tiver para me amar Nem um tecto para me agasalhar, nem uma cama para me deitar Nem aí reclamarei. Pelo contrário, eu te direi Obrigado Senhor! Porque eu nasci! Obrigado porque creio em ti Pelo teu amor, obrigado senhor!" Poema de Gratidão - Amélia Rodrigues (Divaldo Pereira Franco)

domingo, 26 de outubro de 2014

Auto-Flagelação

"Embora não nos seja possível, por enquanto, apreciar convosco a fisiologia da alma, como seria desejável, de modo a imprimir ampla clareza ao nosso estudo, para breve comentário, em torno da flagelação que muitas vezes impomos, inadvertidamente, a nós mesmos, imaginemos o corpo terrestre como sendo a máquina da vida humana, através da qual a mente se manifesta, valendo-se de três dínamos geradores, com funções específicas, não obstante extremamente ligados entre si por fios e condutos, de variada natureza. O ventre é o dínamo inferior. O tórax é o dínamo intermediário. O cerebelo é o dínamo superior. O primeiro recolhe os elementos que lhe são fornecidos pelo meio externo, expresso na alimentação usual, e fabrica uma pasta aquosa, adequada à sustentação do organismo. O segundo recebe esse material e, combinando-o com os recursos nutritivos do ar atmosférico, transmuta-o em líquido dinâmico. O terceiro apropria-se desse líquido, gerando correntes de energia incessante. No dínamo-ventre, detemos a produção do quilo. No dínamo-tórax, presenciamos a metamorfose do quilo em glóbulo sanguíneo. No dínamo-cerebelo, reparamos a transubstanciação do glóbulo sanguíneo em fluido nervoso. Na parte superior da região cerebral, temos o córtex encefálico, representando a sede do espírito, algo semelhante a uma cabine de controle, ou a uma secretária simbólica, em que o "eu" coordena as suas decisões e produz a energia mental com que governa os dínamos geradores a que nos reportamos. O ser humano, desse modo, em sua expressão fisiológica, considerado superficialmente, pode ser comparado a uma usina inteligente, operando no campo da vida, em câmbio de emissão e recepção. Concentramos, assim, força mental em ação contínua e despendemo-la nos mínimos atos da existência, através dos múltiplos fenômenos da atenção com que assimilamos as nossas experiências diuturnas, atuando sobre as criaturas e coisas que nos cercam e sendo por elas constantemente influenciados. Toda vez, contudo, em que nos tresmalhamos na cólera ou na crueldade, contrariando os dispositivos da Lei de Deus, que é amor, exteriorizamos correntes de enfermidade e de morte, que, atingindo ou não o alvo de nossa intemperança, se voltam fatalmente contra nós, pelo princípio inelutável da atração que podemos observar no imã comum. Em nossas crises de revolta e desesperação, de maledicência e leviandade, provocamos sobre nós verdadeira tempestade magnética que nos desorganiza o veículo de manifestação, seja nos círculos espirituais em que nos encontramos, ou, na Terra, enquanto envergamos o envoltório de matéria densa, sobre a qual os efeitos de nossas agressões mentais, verbais ou físicas, assumem o caráter de variadas moléstias, segundo o ponto vulnerável de nossa usina orgânica, mas particularmente sobre o mundo cerebral em que as vibrações desvairadas de nossa impulsividade mal dirigida criam doenças neuropsíquicas, de diagnose complexa, desde a cefalagia à meningite e desde a melancolia corriqueira à loucura inabordável. Toda violência praticada por nós, contra os outros, significa dilaceração em nós mesmos. Guardemo-nos, assim, na humildade e na tolerância, cumprindo nossos deveres para com o próximo e para com as nossas próprias almas, porque o julgamento essencial daqueles que nos cercam, em verdade, não nos pertence. Desempenhando pacificamente as nossas obrigações, evitaremos as deploráveis ocorrências da autoflagelação, em que quase sempre nos submergimos nas trevas do suicídio indireto, com graves compromissos. Preservando-nos, pois, contra semelhante calamidade, não nos esqueçamos da advertência de nosso Divino Mestre no versículo 41, do capítulo 26, das anotações do apóstolo Mateus: - "Orai e vigiai, para não entrardes em tentação." Dias da Cruz" (Do livro "Vozes do Grande Além", pelo Espírito Dias da Cruz, Francisco Cândido Xavier, 29/09/1955)

Tensão Emocional

Não raro, encontramos, aqui e ali, os irmãos doentes por desajustes emocionais. Quase sempre, não caminham. Arrastam-se. Não dialogam. Cultuam a queixa e a lamentação. E provado está que, na Terra, a tensão emocional da criatura encarnada se dilata com o tempo. Insegurança, conflito íntimo, frustração, tristeza, desânimo, cólera, inconformidade e apreensão, com outros estados negativos da alma, espancam sutilmente o corpo físico, abrindo campo a moléstias de etiologia obscura, à força de se repetirem constantemente, dilapidando o cosmo orgânico. Se consegues aceitar a existência de Deus e a prática salutar dessa ou daquela religião em que mais te reconfortes, preserva-te contra semelhante desequilíbrio... Começa, aceitando a própria vida, tal qual é, procurando melhorá-la com paciência. Aprende a estimar os outros, como se te apresentem, sem exigir-lhes mudanças imediatas. Dedica-te ao trabalho em que te sustentes, sem desprezar a pausa de repouso ou o entretenimento que se te restaurem as energias. Serve ao próximo, tanto quanto puderes. Detém-te no lado melhor das situações e das pessoas, esquecendo o que te pareça inconveniente ou desagradável. Não carregues ressentimentos. Cultiva a simplicidade, evitando a carga de complicações e de assuntos improdutivos que te furtem a paz. Admita o fracasso por lição proveitosa, quando o fracasso possa surgir. Tempera a conversação com o fermento da esperança e da esperança e da alegria. Tanto quanto possível, não te faças problema para ninguém, empenhando-te a zelar por ti mesmo. Se amigos te abandonam, busca outros que consigam compreender com mais segurança. Quando a lembrança do passado não contenha valores reais, olvida o que já se foi, usando o presente na edificação do futuro melhor. Se o inevitável acontece, aceita corajosamente as provas em vista, na certeza de que todas as criaturas atravessam ocasiões de amarguras e lágrimas. Oferece um sorriso de simpatia e bondade, seja a quem for. Quanto à morte do corpo, não penses nisso, guardando a convicção de que ninguém existiu no mundo, sem a necessidade de enfrentá-la. E, trabalhando e servindo sempre, sem esperar outra recompensa que não seja a bênção da paz na consciência própria, nenhuma tensão emocional te criará desencanto ou doença, de vez que se cumpres o teu dever com sinceridade, quando te falte força, Deus te sustentará e onde não possas fazer todo o bem que desejas realizar Deus fará sempre a parte mais importante!... (Do livro "Companheiro", pelo Espírito Emmanuel, Francisco C. Xavier)

A Culpa

Quando fugimos ao dever, precipitamo-nos no sentimento de culpa, do qual se origina o remorso, com múltiplas manifestações, impondo-nos brechas de sombra aos tecidos sutis da alma. E o arrependimento, incessantemente fortalecido pelos reflexos de nossa lembrança amarga, transforma-se num abscesso mental, envenenando-nos, pouco a pouco, e expelindo, em torno, a corrente miasmática de nossa vida íntima, intoxicando o hausto espiritual de quem nos desfruta o convívio. A feição do ímã, que possui campo magnético específico, toda criatura traz consigo o halo ou aura de forças criativas ou destrutivas que lhe marca a índole, no feixe de raios invisíveis que arroja de si mesma. É por esse halo que estabelecemos as nossas ligações de natureza invisível nos domínios da afinidade. Operando a onda mental em regime de circuito, por ela incorporamos, quando moralmente desalentados, os princípios corrosivos que emanam de todas as Inteligências, encarnadas ou desencarnadas, que se entrosem conosco no âmbito de nossa atividade e influência. Projetando as energias dilacerantes de nosso próprio desgosto, ante a culpa que adquirimos, quase sempre somos subitamente visitados por silenciosa argumentação interior que nos converte o pesar, inicialmente alimentado contra nós mesmos, em mágoa e irritação contra os outros. É que os reflexos de nossa defecção, a torvelinharem junto de nós, assimilam, de imediato, as indisposições alheias, carreando para a acústica de nossa alma todas as mensagens inarticuladas de revolta e desânimo, angústia e desespero que vagueiam na atmosfera psíquica em que respiramos, metamorfoseando-nos em autênticos rebelados sociais, famintos de insulamento ou de escândalo, nos quais possamos dar pasto à imaginação virulada pelas mórbidas sensações de nossas próprias culpas. É nesse estado negativo que, martelados pelas vibrações de sentimentos e pensamentos doentios, atingimos o desequilíbrio parcial ou total da harmonia orgânica, enredando corpo e alma nas teias da enfermidade, com a mais complicada diagnose da patologia clássica. A noção de culpa, com todo o séquito das perturbações que lhe são consequentes, agirá com os seus reflexos incessantes sobre a região do corpo ou da alma que corresponda ao tema do remorso de que sejamos portadores. Toda deserção do dever a cumprir traz consigo o arrependimento que, alentado no espírito, se faz acompanhar de resultantes atrozes, exigindo, por vezes, demoradas existências de reaprendizado e restauração. Cair em culpa demanda, por isso mesmo, humildade viva para o reajustamento tão imediato quanto possível de nosso equilíbrio vibratório, se não desejamos o ingresso inquietante na escola das longas reparações. É por essa razão que Jesus, não apenas como Mestre Divino mas também como Sábio Médico, nos aconselhou a reconciliação com os nossos adversários, enquanto nos achamos a caminho com eles, ensinando-nos a encontrar a verdadeira felicidade sobre o alicerce do amor puro e do perdão sem limites. (Do livro "Pensamento e Vida", cap. 22, Espírito Emmanuel, Francisco Cândido Xavier)

Ajuda Sempre

Mas Paulo respondeu: que fazeis vós, chorando e magoando-me o coração. – Atos, 21:13. Constitui passagem das mais dramáticas nos Atos dos Apóstolos aquela em que Paulo de Tarso se prepara, à frente dos testemunhos que o aguardavam em Jerusalém. Na alma heróica do lutador não paira qualquer sombra de hesitação. Seu espírito, com sempre, está pronto. Mas, os companheiros choram e se lastimam; e, do coração sensível e valoroso do batalhador do Evangelho, flui a indagação dolorosa. Não obstante a energia serena que lhe domina a organização vigorosa, Paulo sentia falta de amigos tão corajosos quanto ele mesmo. Os companheiros que o seguiam estavam sinceramente dispostos ao sacrifício, entretanto, não sabiam manifestar os sentimentos da alma fiel. É que o pranto ou a lamentação jamais ajudam, nos instantes de testemunho difícil. Quem chora, ao lado de um amigo em posição perigosa, desorganiza-lhe a resistência. Jesus chorou no Horto, quando sozinho, mas, em Jerusalém, sob o peso da cruz, roga às mulheres generosas que O amparavam a cessação das lágrimas angustiosas. Na alvorada da Ressurreição, pede a Madalena esclareça o motivo do pranto, junto ao sepulcro. A lição é significativa para todo o aprendiz. Se um ente amado permanece mais tempo sob a tempestade necessária, não te entregues a desesperos inúteis. A queixa não soluciona problemas. Ao invés de magoá-lo com soluços, aproxima-te dele e estende-lhe as mãos. Emmanuel Pão Nosso – Psicografia: Francisco Cândido Xavier – Ed.: FEB.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Amor Fraternal

Os que nascemos em uma mesma família estamos unidos pelos laços de sangue. Esses laços, no entanto, não configuram laços de amor necessariamente. Não é raro irmãos viverem às turras, ou terem muito ciúme e inveja uns dos outros, criando dificuldades de relacionamento no lar. Ou chegarem mesmo à agressão, à usurpação dos direitos e bens uns dos outros. Contudo, quando os laços afetivos existem, é comovedor se observar a dedicação de alguns irmãos. Carinho, atenção, dedicação, renúncia são algumas das expressões que surgem, de forma espontânea e comovedora. Recentemente, soubemos da história de uma garotinha de seus 4 para 5 anos de idade. Seu irmãozinho, de oito anos, enfermou e o diagnóstico foi leucemia. Pai e mãe passaram a se desvelar pelo garoto. Exames, internamentos, quimioterapia. Tudo o que a medicina hoje oferece aos portadores dessa enfermidade. Certo dia, a mãe tomou a menina entre seus braços e explicou que o irmão ficaria num hospital, durante algum tempo. Ele precisava de um tratamento especial para melhorar. Explicou também que, quando ele voltasse, ela não se assustasse porque, possivelmente, por causa do tratamento, ele teria perdido todo seu cabelo. Também lhe recomendou que não risse ou fizesse brincadeiras quando visse a “carequinha” do irmão. A menina ouviu com atenção e ficou calada. A mãe até pensou que ela não havia entendido bem. Entretanto, resolveu esperar. Alguns dias depois, os pais foram buscar o garoto no hospital. Quando o carro chegou na frente da casa, a garotinha olhou pela janela do primeiro andar e sorriu. Seu irmão estava de volta. E na cabeça, um boné vermelho. Correu para o banheiro, tomou a tesoura de sua mãe e concretizou o plano que estava em sua cabecinha, desde sua conversa com a mãe. Pouco depois, desceu as escadas aos pulos. Abriu a porta no exato momento em que o irmão chegava. Então, ela o olhou por um segundo, como a querer se certificar de que ele estava mesmo sem cabelo. No momento seguinte, estendeu as mãozinhas cheias de seus próprios cabelos para ele. Ele olhou para a irmãzinha e verificou que ela trazia os cabelos desalinhados, mostrando que os havia cortado, do jeito que pudera, com suas pequenas mãos. Um lado mais curto do que o outro, as franjas tortas como se fossem degraus de uma escada mal construída. Ela não disse nada. Nem ele. Os pais, um passo atrás do menino, observavam, atônitos. Então o garoto tomou nas suas mãos os cabelos que a irmã lhe oferecia e, com um sorriso largo, tirou o próprio boné e colocou na cabecinha dela. Depois se ajoelhou e ambos se abraçaram longa e demoradamente. Amor fraternal é a mais fundamental espécie de amor. É a que alicerça todos os tipos de amor. Entende-se por amor fraternal o sentimento de responsabilidade, de cuidado, de respeito pelo outro, o seu conhecimento, o desejo de lhe aprimorar a vida. Do lar, o amor fraternal transcende para os demais seres humanos. Se desenvolvemos a capacidade de amar a um irmão consangüíneo, não podemos deixar de amar, na seqüência, a todos os demais irmãos. O amor fraternal é o amor entre iguais. Iguais por sermos todos Espíritos, filhos do mesmo Pai. Iguais, hoje, na Terra, por estarmos na condição humana. Se pensarmos nas diferenças de talento, inteligência, conhecimento, veremos que são pequenas, se compararmos com a identidade essencial, comum a todos nós. * * * O amor é uma força ativa no homem. Uma força que irrompe pelas paredes que o separam de seus semelhantes. Que o une aos outros. Que o estimula a dar-se, numa extraordinária experiência de vitalidade e de alegria. Redação do Momento Espírita, a partir de cenas de um vídeo intitulado Gesto de amor, de autoria desconhecida e do cap. 2 do livro A arte de amar, de Erich Fromm, ed. Itatiaia. Em 23.11.2007.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Esperança

"Como o obreiro preguiçoso,diz: Eu perdi minha jornada, ele também se diz: Eu perdi minha vida; mas da mesma forma que para o obreiro o sol se ergue no dia seguinte, e uma nova jornada começa, permitindo-lhe reparar o tempo perdido, para ele também, depois da noite do túmulo, brilhará o sol de uma nova vida, na qual poderá aproveitar a experiência do passado e suas boas resoluções para o futuro". (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, Edição IDE, Cap. V, item 5). Com tudo isso, vamos entendendo, melhor, a existência da Vida Futura. Com o clarear de nossas idéias, com o estudo da Doutrina Espírita e o aumento de nossa fé raciocinada,mudamos o nosso ponto de vista sobre as leis que regem a existência humana. Entendemos que esta vida não é a única passagem no Planeta Terra e deduzimos, logicamente, a existência da imensidão e nobreza da Vida Espiritual. E, por isso, não podemos perder a esperança de que algo, mais promissor, nos aguarda em uma outra existência. E é por essa confiança, essa esperança na Outra Vida, que procuramos melhorar-nos, começando pela nossa própria reforma interior, tendo certeza de que permanecemos aqui por um espaço de tempo limitado, onde almejamos para lá voltar num estado evolutivo melhor do que aquele em que estávamos quando para aqui viemos. E, já sabemos que somente nos será possível chegar a esse estado através dos bons atos, e, com a consciência tranqüila de termos trabalhado em prol de nossos semelhantes. Não vamos viver de uma Esperança vazia, mas sim, de certeza da existência da verdadeira vida, cuja veracidade vem sendo provada, cada vez mais, pela ciência, pela filosofia e pela religião. Elevemos, então, nosso pensamento acima dos horizontes da vida, onde, pairando por alguns segundos de reflexão, entreveremos os infinitos mistérios da Divindade. As cartas de nosso amado laurinho, nos incentivam para o trabalho e nesse trabalho eu encontro o meu equilíbrio. Tenhamos fé no Criador e usemos a nossa razão no estudo das vidas sucessivas, para podermos entender os fatos da nossa existência, donde tiraremos o real proveito de um dos maiores recursos que Deus nos dotou: a Esperança. Infelizmente, existem seres humanos que se esquecem de tudo o que aprenderam em sua caminhada, quando deveriam, diante de toda a grandeza do Criador, agradecer: “obrigado,meu Deus, porque existo!”. Quem somos? De onde viemos? Para onde iremos? Essas são as indagações que devemos fazer, a nós mesmos, com os pés no chão e a cabeça no lugar. Mesmo com o amor cego à matéria, ainda agora nos tempos atuais, nos surge nítida e clara, a todo instante, a idéia do Além. Meditando nisso, podemos afirmar que só a Doutrina das Reencarnações nos fornece explicações suficientes e lógicas para o equilíbrio moral e físico, entrelaçando-os numa unidade perfeita. Em todas as suas cartas, Laurinho grifa, especialmente, a “esperança”, que nos traz profundos ensinamentos relacionados com o trabalho, o amor e a caridade. E, por tão bela afirmativa, solicito, a todos os corações partidos, que notem estas palavras: “ retirou a Esperança da Gaveta de nossas necessidades e ei-las convertidas em páginas de fé”. Começando pela esperança, chegaremos à fé que nos ilumina os passos, nos leva bem para perto de Cristo, e que nos é indispensável nas ocasiões mais desesperadoras. Feliz daquele que crê, procura, enxerga e caminha seguro com sua fé inabalável e profunda, estando sempre pronto a superar os maiores obstáculos, no conhecimento de que a fé remove montanhas. O homem que possui a esperança baseada na fé, é impassível diante das provações e perigos do dia-a-dia. Eu mesma confesso que, após ter adquirido os conhecimentos, a esperança e a fé, através de tudo que a Doutrina Espírita me concedeu em ensinamentos, respostas e provas, sinto-me tranqüila, equilibrada e forte diante dos imensos problemas e novas provas que vão surgindo em minha vida. A minha maneira de encarar a realidade é tão diferente e tão clara, que ao ver-me rodeada de tantos “cegos” no conhecimento da Verdade, sinto uma vontade voraz de gritar a todos, onde encontrar a paz, o amor, a compreensão e a felicidade que existe dentro de nós mesmos. E, aquele que quiser revestir-se da verdadeira fé, facilmente conseguirá encontra-la no estudo da doutrina Espírita, que se baseia no raciocínio lógico das simples leis naturais da vida. Portanto, vamos tentar clarear corações, sem desprezarmos ninguém, e sem nos envaidecermos com enganos privilégios passageiros, pois que nenhum de nós sabe o que nos está reservado para o futuro, onde as prestações de contas nos esperam. Segue a mensagem da esperança, psicografada por Chico Xavier. Psicografia de Francisco Cândido Xavier- Priscilla Pereira da Silva Basile- Livro: Antenas de Luz

Tristeza Perturbadora

Conquanto brilhe o sol da oportunidade feliz, abrindo campo para a ação e para a paz, a sombra teimosa da tristeza envolve-te em injustificável depressão. Gostarias de arrancar das carnes da alma este espinho cravado que te faz sofrer, e, por não o conseguires, deixas-te abater. Conjecturas a respeito da alegria, do corpo jovem, dos prazeres convidativos, e lamentas não poder fruir tudo quanto anelas. A tristeza, porém, é doença que, agasalhada, piora o quadro de qualquer aflição. A sua sombra densa altera o contorno dos fatos e das coisas, apresentando fantasmas onde existe vida e desencanto no lugar em que está a esperança. Ela responde pela instalação de males sutis que terminam por desequilibrar o organismo físico e a maquinaria emocional. Luta contra a tristeza, reeducando-te mentalmente. Não dês guarida emocional às suas insinuações. Ninguém é tão ditoso quanto supões ou te fazem crer. A Terra é o planeta-escola de aprendizes incompletos, inseguros. A cada um falta algo, que não conseguirá conquistar. Resultado do próprio passado espiritual, o homem sente sempre a ausência do que malbaratou. A escassez de agora é conseqüência do desperdício de outrora. A aspiração tormentosa é prova a que todos estão submetidos, a fim de que valorizem melhor aquilo de que dispõem e a outros falta. Lamentas não ter algo que vês noutrem, todavia, alguém ambiciona o que possuis e não dás valor. Resigna-te, pois, e alegra-te com tudo quanto te enriquece a existência neste momento. Aprende a ser grato à vida e àqueles que te envolvem em ternura, saindo da tristeza pertinaz para o portal de luz, avançando pelo rumo novo. Jesus, que é o "Espírito mais perfeito" que veio à Terra, sem qualquer culpa, foi incompreendido, embora amando; traído, apesar de amar, e crucificado, não obstante amasse... Desse modo, sorri e conquista o teu espaço, esquecendo o teu espinho e arrancando aquele que está ferindo o teu próximo. Oportunamente, descobrirás que, enquanto te esqueceste da própria dor, lenindo a dos outros, superaste-a em ti, conseguindo a plenitude da felicidade, que agora te rareia. Autor: Joanna de Ângelis Psicografia de Divaldo Franco.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Ninguém diria em sã consciência que não deseja ser feliz. Todos procuram, nos mais variados lugares e das mais diferentes formas. Como já disse Divaldo Pereira Franco: “O grande desafio da criatura humana é a própria criatura humana”, ou seja, o nosso grande desafio somos nós mesmos, nosso autoconhecimento. Sabemos que não somos somente aparência material, física. O ser humano é pré-existente ao corpo e a ele sobrevive. Através desse conceito é que conseguimos entender nossos enigmas, as problemáticas do inter-relacionamento, da dor, do desamor. Allan Kardec, diz no Evangelho Segundo o Espiritismo, que a felicidade não é deste mundo. Não quis ele, afirmar que aqui é um vale de lágrimas, mas sim, que este mundo é uma escola. E como toda escola, existe a disciplina e quem não respeita estas disciplinas precisa ser reeducado, repete de ano, no nosso caso, precisa voltar, reencarnar, recomeçar. A felicidade tem uma conotação diferente para cada criatura, de acordo com nível intelectual de cada um. Por estarmos a maioria, ligados ao material, muitos condicionam a conquista da felicidade à aquisição de bens materiais, outros ancoram o sonho da felicidade na busca da fama, do sucesso, do poder, para outros a felicidade está associada à inexistência de problemas, e a lista prossegue sem fim. Temos que lembrar que a vida não é um problema, é um desafio. Ela nos apresenta oportunidades de crescimento, nos setores que mais necessitamos. Por detrás dos problemas existem lições, desafios, tarefas. E a grande ventura tomará conta de nós quando vencermos os obstáculos que a vida nos apresenta. Lembremo-nos da felicidade de Francisco de Assis, conquistada na humildade, na pobreza e no serviço ao próximo. O santo da humildade era moço rico, mas vivia amargurado na riqueza que possuía, só encontrou a paz depois que se entregou à riqueza do espírito. Não nos esqueçamos de Paulo de Tarso, que na condição de poderoso Saulo era infeliz, mas voltou a viver após o célebre encontro a felicidade pessoal. Gandhi encontrou a sua felicidade na luta pela paz. Madre Tereza e Irmã Dulce, apesar dos inúmeros padecimentos que sofreram, conseguiram encontrar a felicidade na felicidade que podiam proporcionar aos desvalidos do caminho. Como esquecer a permanente alegria de Chico Xavier ? E problemas na vida não lhe faltaram. Divaldo Pereira Franco, outro exemplo de felicidade por fazer outros felizes diz: “Quando nós começarmos a tornar a Terra dígna de viver, o Reino de Deus estará entre nós.” Portanto, a felicidade, nós a encontraremos na harmonização, no amor verdadeiro, na renúncia e no desprendimento. Nós a encontraremos ainda, dedicando-nos aos que sofrem, procurando amenizar-lhes as dores. A felicidade não é deste mundo, mas começa aqui. Cabe a nós, seres inteligentes descobrir na Terra a razão fundamental da nossa existência. Será que estamos aqui para curtir a vida de maneira banal ou imoral? Portanto, enquanto não buscarmos o enriquecimento moral e espiritual, tudo nos parecerá sem sentido ou significado, tornando nossas encarnações um desafio recheado de desencanto e aflição. Buscando a felicidade em acontecimentos ou em algum bem material. E a felicidade não está fora de nós, ela é, antes de tudo, um estado de espírito. Ser feliz é nossa atitude diante da tarefa que viemos fazer na Terra, que é “progredir espiritualmente” e de preferência ajudando outros a progredirem. Seremos felizes, materialmente, se nos contentarmos com o necessário para viver, superando as pressões da sociedade de consumo que, com seu incrível agente – a propaganda – induz-nos a desejar o supérfluo e a consumir até mesmo o que é nocivo, como o fumo e as bebidas alcoólicas. A esse propósito vale lembrar Diógenes, famoso filósofo grego, que demonstrava um absoluto desprezo pelas convenções sociais e pelos bens materiais, em obediência plena às leis da Natureza. Proclamava que para ser feliz o homem deve libertar-se do supérfluo, limitando-se ao essencial : andava descalço, vestia uma única túnica que possuía e dormia num tonel, que se tornou famoso em toda a Grécia. Certa feita viu um garoto tomando água num riacho, a usar o côncavo das mãos. Então, exultou o filósofo: “Aí está, esse menino acaba de ensinar-me que ainda tenho objetos desnecessários.” – Assim, dispensou a caneca que usava, passando a utilizar-se das mãos. Alexandre, o grande, senhor todo poderoso de seu tempo, curioso por conhecer aquele homem singular e desejando testar seu famoso desprendimento, aproximou-se dele em uma manhã fria de inverno, quando Diógenes aquecia-se ao sol. Então, Alexandre propôs-se a atender qualquer pedido seu. Que escolhesse o bem mais precioso, que enunciasse o capricho mais sofisticado e seria prontamente atendido. Diógenes contemplou por alguns momentos o homem mais poderoso da Terra, senhor de vasto império. Depois, esboçando um sorriso, disse-lhe : “Quero apenas que não me tires o que não me podes dar. Estás diante do sol que me aquece. Afasta-te, pois . . .”Evidentemente não podemos levar Diógenes ao pé da letra, mesmo porque estamos longe do desprendimento total. Ele representa um exemplo de como podemos simplificar a existência, despindo-nos do materialismo, para que não haja impedimentos à nossa felicidade. E se, nós nos contentarmos com o necessário teremos condições para tratar de assuntos mais importantes, como a conquista moral. Porque, somos dotados de potencialidades criadoras que precisam ser exercitados permanentemente e tanto mais felizes seremos quanto maior o nosso empenho em cultivar os valores da Verdade e do Bem, da Justiça e da Sabedoria, do Amor e da Caridade, fazendo sempre o melhor. Gandhi disse: “Todo aquele que possui coisas de que não precisa é um ladrão.” E Aristóteles disse: “A felicidade consiste em fazer o bem.” Divaldo P. Franco disse que aprendeu que a finalidade da vida é ser feliz através da felicidade proporcionada aos outros. E o apóstolo Paulo disse: “ Se alguém possuir bens deste mundo e, vendo o seu irmão em necessidade, fechar-lhe o coração, como poderá permanecer nele o amor de Deus?” (Richard Simonetti)

Amizade

Ergueste-me na caminhada... - Deste-me guarida no afeto santo do teu coração... - Advertiste-me fraternalmente nas passadas equívocas... - Acompanhaste-me nas sombrias noites da desesperação... - Choraste e abraçaste-me quando, alucinada, entrevi a desesperança e o teu testemunho de solidariedade foi-me a confirmação da presença divina socorrendo-me nas lágrimas... - Não descuraste do pão à minha mesa... - Não relegaste o meu coração à solidão fria das longas horas da doença indomável... - Jamais perdeste a oportunidade do conselho amigo, intentando dirigir-me à ação nobre... - Por tudo isto te sou grata... O interlocutor, ante o desvelar de tanta afeição e reconhecimento, asseverou: - Para mim, isto nenhum esforço representou, amigo, desde quando, expressa o carinho do meu coração pela tua existência. E, em nome deste sentimento, digo-te que o meu silêncio é a melhor resposta às tuas efusões... - Sim, bem sei. É por isto que Deus te colocou na Terra para alentar o caminho dos homens, sacramentando-te com o sublime nome de Amizade...

domingo, 31 de agosto de 2014

Depressão

Richard Simonetti A variação de humor ocorre em função de: pressões ambientais, problema de saúde, influências espirituais, o peso do passado e saudades do Além. DEPRESSÃO NA VISÃO ESPÍRITAVamos explicar cada uma: 1º - Pressões ambientais: é causado por desilusão sentimental, problemas familiares, perda do emprego ou seja, são pessoas plenamente realizadas no terreno afetivo, da saúde, social e profissional que, não obstante, experimenta períodos de angústia. Aqui confunde-se muito tristeza, desilusão, preocupação com depressão. 2º - Problema de saúde: anemia profunda (falta de ferro), causa fraqueza, de apatia; pode ser por problemas de hormonios como da tireoides, por exemplo; a falta da vitamina B12; a TPM (tensão pré menstrual), disturbio hormonal na menopausa, etc. 3º - Influências espirituais: estados depressivos podem originar-se da atuação de Espíritos perturbados e perturbadores, que consciente ou inconscientemente nos assediam. Popularmente emprega-se o termo “encosto” para esse envolvimento. Por outro lado, os estados de euforia, sem motivo aparente, resultam do contato com benfeitores espirituais que imprimem em nosso psiquismo algo de suas vibrações alentadoras. 4º - Peso do passado: a depressão pode ser herança, não de nossos pais, mas de nós mesmos. O que fizemos no passado determina o que somos no presente. O que pesa sobre nossos ombros, favorecendo os estados depressivos, neuroses, fobias, psicoses e demais elementos fragilizadores da consciência é a carga dos desvios cometidos, das tendências inferiores desenvolvidas, dos vícios cultivados, do mal praticado. Há pessoas que, pressionadas por esse peso mergulham tão fundo na angústia que parecem cultivar a volúpia do sofrimento, com o que comprometem a própria estabilidade física, favorecendo a evolução de desajustes intermináveis. O remorso é um dos mais avassaladores sentimentos e o Espírito que reencarna nesta condição carreará para o corpo físico todo esse desequilíbrio. Seu aspecto será o de um obsidiado. No entanto, ele é obsidiado apenas por sua memória profunda, que vinculou sua personalidade humana. Os transtornos mentais e emocionais, conforme assevera Divaldo Franco, tem raízes no Espírito que delinqüiu. A culpa, consciente ou inconsciente, imprimiu-lhe no perispírito o quadro psicológico que se irá refletir na organização física e mental durante o transcurso da reencarnação. Mas, como disse Joanna de Ângelis: "ocorre a possibilidade de interferências no campo mental, produzidos por entidades infelizes. Quando as duas coisas se juntam - PASSADO E OBSESSÃO - os problemas se avolumam, os sintomas são mais severos e a cura, às vezes, é mais demorada." 5º - Saudades do Além: este aspecto é abordado pelo Espírito François de Genève, no cap. V, de “O Evangelho segundo o Espiritismo”: “A melancolia” – “Sabeis por que, às vezes, uma vaga tristeza se apodera dos vossos corações e vos leva a considerar amarga a vida? E que vosso Espírito, aspirando à felicidade e à liberdade, se esgota, jungido ao corpo que lhe serve de prisão, em vãos esforços para sair dele. Reconhecendo inúteis esses esforços, cai no desânimo e, como o corpo lhe sofre a influência, toma-vos a lassidão, o abatimento, uma espécie de apatia, e vos julgais infelizes. Crede-me, resisti com energia a essas impressões que vos enfraquecem a vontade. São inatas no espírito de todos os homens as aspirações por uma vida melhor; mas, não as busqueis neste mundo e, agora, quando Deus vos envia os Espíritos que lhe pertencem, para vos instruírem acerca da felicidade que Ele vos reserva, aguardai pacientemente o anjo da libertação, para vos ajudar a romper os liames que vos mantêm cativo o Espírito. Lembrai-vos de que, durante o vosso degredo na Terra, tendes de desempenhar uma missão de que não suspeitais, quer dedicando-vos à vossa família, quer cumprindo as diversas obrigações que Deus vos confiou. Se, no curso desse degredo-provação, exonerando-vos dos vossos encargos, sobre vós desabarem os cuidados, as inquietações e tribulações, sede fortes e corajosos para os suportar. Afrontai-os resolutos. Duram pouco e vos conduzirão à companhia dos amigos por quem chorais e que, jubilosos por ver-vos de novo entre eles, vos estenderão os braços, a fim de guiar-vos a uma região inacessível às aflições da Terra.” E COMO SUPERAR AS VARIAÇÕES DE HUMOR, MANTENDO A SERENIDADE E A PAZ EM TODAS AS SITUAÇÕES? É evidente que não o faremos da noite para o dia, como quem opera um prodígio, mesmo porque isso envolve uma profunda mudança em nossa maneira de pensar e agir, o que pede o concurso do tempo. Considerando, entretanto, que influências boas ou más passam necessariamente pelos condutos de nosso pensamento, podemos começar com o esforço por disciplinar nossa mente, não nos permitindo idéias negativas. Orientação: Procure ajuda médica, mas: - Mexa-se. Desenvolva atividades. Ninguém “cai na fossa”; geralmente entramos nela quando renunciamos a uma vida ativa e empreendedora. - Policie sua casa mental. Estados depressivos começam, com insinuantes idéias infelizes. - Ainda que não se sinta disposto, cultive a convivência com familiares, amigos, colegas de profissão. O isolamento contraria a natureza sociável do ser humano, favorecendo a instalação de desajustes íntimos. COMPILAÇÃO DE RUDYMARA OBSERVAÇÃO: Vincent van Gogh, que sofria de depressão e cometeu suicídio, pintou quadro acima em 1890 de um homem que emblematiza o desespero e falta de esperança sentida na depressão. Leia mais: http://www.cejn.org.br/news/artigos-depress%C3%A3o-na-vis%C3%A3o-espirita/

Ansiedade

Buscando amenizar a ansiedade, as pessoas fazem uso de recursos nem sempre saudáveis, tais como: roer as unhas, comer exageradamente ou deixar de comer, fumar freneticamente, consumir bebidas alcoólicas com mais frequência; outras perdem o sono, outras dormem demais; e, no limite das próprias forças, muitas passam a utilizar medicamentos. Há porém aqueles que procuram amenizar a ansiedade de modo mais positivo: praticam esportes, realizam exercícios físicos regularmente, dedicam-se à leitura, à música, a algum tipo de arte e, o que é mais raro, praticam a oração e a meditação. Buscando compreender melhor essa questão, buscamos no Evangelho os ensinamentos de Jesus sobre o assunto, procurando compreendê-los com as orientações que a Doutrina Espírita nos oferece. Isso porque não há outro ser que conheça tão bem nossas necessidades e limitações como Jesus e, se ainda não entendemos suas orientações, dificilmente as colocaremos em prática. Jesus se refere aos ansiosos como sendo aqueles que não confiam na Providência Divina. Mas, nas entrelinhas de seus ensinamentos, Ele também destaca outro fator gerador da ansiedade: a falta de confiança em si mesmo, na própria capacidade de realização. Portanto, a ansiedade surge quando um desses fatores ocorre ou quando os dois acontecem ao mesmo tempo: ou está faltando confiança na Providência Divina ou está faltando confiança em nós mesmos... E Ele ainda reforça esses ensinamentos ao dizer: "Pedi e obtereis; batei, e abrir-se-vos-á; buscai e achareis". O que significam essas palavras? Elas podem ser assim compreendidas: ajuda-te, e o céu te ajudará! Somente com essas colocações é que se completam os ensinamentos de Jesus sobre a ansiedade! Acompanhe o raciocínio: partindo da confiança em Deus e em Sua Providência, e fazendo o máximo e o melhor ao nosso alcance, venceremos a ansiedade pois estaremos com a consciência tranquila e também confiando que todos os recursos disponíveis serão mobilizados a nosso favor! Só fica ansioso aquele que duvida! A dúvida gera a incerteza e esta, por sua vez, gera a ansiedade. Considerando que os semelhantes se atraem, ao nos rendermos à ansiedade, estaremos igualmente entrando em sintonia com outros, encarnados e/ou desencarnados, que vibram nas mesmas ondas de inquietação, agravando ainda mais nosso estado íntimo. Poderemos vencer nossas más tendências, ou amenizá-las, rogando o auxílio dos Bons Espíritos e de nossos Espíritos Protetores. Podemos, portanto, rogar a eles que nos auxiliem na conquista da confiança em Deus e em nós mesmos! Orando e meditando sobre as lições de Jesus e as orientações que o Espiritismo nos proporciona, aos poucos, passaremos a dominar a ansiedade, que tanto nos faz sofrer. Sofrer mais do que é preciso... Ensinam os Benfeitores Espirituais que não reencarnamos pré destinados ao fracasso, à derrota, aos vícios... Se Deus nos concedeu mais uma oportunidade de vida aqui no planeta, é porque Ele confia em nossa capacidade e aguarda, sempre esperançoso, por nossa vitória espiritual... Jesus encerra seus ensinamentos sobre o tema convidando-nos a buscarmos, em primeiro lugar, "o Reino de Deus e sua justiça" pois todo o mais nos será dado por "acréscimo da misericórdia divina", já que Deus sabe que todos temos necessidades materiais, mas que elas são passageiras e não são mais importantes do que nossas necessidades espirituais... Busquemos esse "Reino de Deus" em nós mesmos, façamos o máximo ao nosso alcance, confiemos na Providência Divina e em nossa própria capacidade...Assim, a ansiedade nos deixará em paz... Somos nós que devemos dominá-la... Com as orientações de Jesus, estamos no caminho certo!

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Simplicidade

Era ele tão simples que nasceu sem a proteção das paredes domésticas. Não encontrou senão alguns homens iletrados e rudes que lhe apoiaram o trabalho na construção da obra imensa. Ensinava as revelações do Céu, nas praias e nos campos, quando não estivesse em casas e barcos emprestados. Conversou com mulheres anônimas e algumas crianças esquecidas. Todos os infelizes se lhe fizeram a grande família. Valorizava a amizade, com tal devotamento, que chorou por um amigo morto. Alimentou os que tinham fome. Restaurou os doentes e defendeu todos aqueles que se vissem humilhados pela injustiça. Aconselhou o respeito para com as autoridades do mundo e a obediência perante as leis de DEUS. Pregou sempre o amor e a concórdia, a solidariedade e o perdão, a paciência e a alegria. Mas, porque se abstivesse de partilhar o carro das vantagens terrestres, foi conduzido à cruz e a morte dele passou como sendo a de um malfeitor. Entretanto, desde o extremo sacrifício, transformou-se no símbolo de paz e renovação para o mundo inteiro. Esse herói da simplicidade tem o nome de Jesus Cristo. Seu poder cresce com os séculos e a sua mensagem, ainda hoje quanto sempre, é a esperança dos povos e a luz das nações. Autor: André Luiz Psicografia de Chico Xavier

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Efetivamente

Vigiar não é desconfiar. É acender a própria luz, ajudando os que se encontram nas sombras. Defender não é gritar. É prestar mais intenso serviço às causas e às pessoas. Ajudar não é impor. É amparar, substancialmente, sem pruridos de personalismo, para que o beneficiado cresça, se ilumine e seja feliz por si mesmo. Ensinar não é ferir. É orientar o próximo, amorosamente, para o reino da compreensão e da paz. Renovar não é destruir. É respeitar os fundamentos, restaurando as obras para o bem geral. Esclarecer não é discutir. É auxiliar, através do espírito de serviço e da boa-vontade, o entendimento daquele que ignora. Amar não é desejar. É compreender sempre, dar de si mesmo, renunciar aos próprios caprichos e sacrificar-se para que a luz divina do verdadeiro amor resplandeça. * * * André Luiz Mensagem retirada do livro "Agenda Cristã" Psicografia de Francisco Cândido Xavier Fonte: Centro Espírita Kardecista No Caminho da Luz

Norma de Luz

Deus nos ampara, a fim de que amparemos aos mais necessitados que nós mesmos. Ajuda-nos para que ajudemos. Sustenta-nos a fé, para que apoiemos os irmãos que vacilam. Revela-nos as faltas, de maneira a relevarmos as faltas dos outros. Socorre-nos em nossas necessidades de modo a socorrermos as necessidades alheias. Guarda-nos a fortaleza de ânimo, a fim de que possamos fortalecer os companheiros mais fracos do que nós. Educa-nos para que saibamos educar. Em suma, esta é a norma de luz da Providência Divina: “auxilia e serás auxiliado.” (Francisco Cândido Xavier por BEZERRA DE MENEZES. In: AULAS DA VIDA)

Desculpemos

Desculpemos, infinitamente. Tudo na vida se reveste de importância fundamental no aprimoramento comum. Dura é a pedra e áspera se nos afigura a longa extensão de areia, entretanto, fazem o leito das águas para que o rio não se perca. Obscura é a noite, mas, sem ela, as criaturas encarnadas desconheceriam as estrelas. Desditosa e feia é a lagarta, contudo é a tecelã dos fios de seda nobre que honra os ideais da beleza terrestre. Asfixiante é a dor, mas, sem o sofrimento, jamais seríamos advertidos pela verdade. Sempre que a mágoa ou a ofensa nos bater à porta, desculpemo-las quantas vezes se fizerem necessárias. É pelo esquecimento de nossos erros que o Senhor se impõe sobre nós, porque só a bondade torna a vida realmente grande e em condições de ser divinamente vitoriosa, sentida com sinceridade e vivida em gloriosa plenitude. (Mensagem extraída do livro “Cartas do Coração” pelo espírito Meimei,Chico Xavier

domingo, 17 de agosto de 2014

Chico, sempre nos ensinando

"Você nasceu no lar que precisava nascer, vestiu o corpo físico que merecia, mora onde melhor Deus te proporcionou, de acordo com o teu adiantamento. Você possui os recursos financeiros coerentes com tuas necessidades... nem mais, nem menos, mas o justo para as tuas lutas terrenas. Seu ambiente de trabalho é o que você elegeu espontaneamente para a sua realização. Teus parentes e amigos são as almas que você mesmo atraiu, com tua própria afinidade. Portanto, teu destino está constantemente sob teu controle. Você escolhe, recolhe, elege, atrai, busca, expulsa, modifica tudo aquilo que te rodeia a existência. Teus pensamentos e vontades são a chave de teus atos e atitudes. São as fontes de atração e repulsão na jornada da tua vivência. Não reclame, nem se faça de vítima. Antes de tudo, analisa e observa. A mudança está em tuas mãos. Reprograma tua meta, busca o bem e você viverá melhor. Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim." (Chico Xavier)

sábado, 16 de agosto de 2014

Paz Íntima

A confiança em Deus e em ti mesmo; A consciência tranqüila; O tempo ocupado no melhor a fazer; A palavra construtiva; A oração com trabalho; A esperança em serviço; A paciência operosa; A opinião desapaixonada; A benção da compreensão. A participação no progresso de todos; A atitude compassiva; A verdade iluminada de amor; O esquecimento do mal; A fidelidade aos compromissos assumidos; O perdão incondicional das ofensas; O devotamento ao estudo; O gesto da simpatia; O sorriso de encorajamento; O auxílio espontâneo ao próximo; A simplicidade nos hábitos; O espírito de renovação; O culto da tolerância; A coragem de olvidar-se para servir; A perseverança no bem. Conservemos semelhantes traços pessoais, na experiência do dia a dia… … e adquiriremos a ciência da paz íntima com o privilégio de encontrar a felicidade pelo trabalho, no clima do amor. Herculano Pires - Chico Xavier

O exercício do Perdão

Certa vez, perguntaram a um filósofo se Deus perdoa. Após refletir um tanto, ele respondeu com outro questionamento: Para perdoar é necessário sentir-se ofendido? De pronto o interlocutor respondeu: Sim. Se não há ofensa, como haveria perdão? Retornou ele novamente para o filósofo. Esse então, calmamente respondeu: Logo, Deus não perdoa! Embora a resposta nos pareça estranha, traz em si grandes reflexões. A primeira delas é a de que muito melhor que perdoar, é não se sentir ofendido e, para isso, é necessário que a indulgência esteja em nossa mente, que a benevolência esteja em nossas ações. Porém, quem já não se sentiu ofendido? Ainda trazemos muitas dificuldades na alma. O orgulho, a vaidade, a pretensão, todos reunidos na alma, nos fazem criaturas com grande dificuldade em não se ofender. Às vezes, o ofensor nem percebe que nos magoou, quando acontece de não conseguir avaliar as nossas limitações emocionais. Outras tantas, tenta remediar, mas o mal já está feito... A ofensa já nos atingiu. Assim, se ainda nos ofendemos, devemos aprender a perdoar. Porque será o perdão que conseguirá tirar a nódoa da ofensa d os tecidos de nossa alma. Se a ofensa nos pesa no coração, atormenta a alma e perturba a mente, o perdão nos fará leves novamente, tranquilizando a alma e sossegando a mente. Dessa forma, todo esforço para perdoar deve ser levado em conta, sem economia de nossas capacidades emocionais e racionais. É claro que o perdão não se instaura imediatamente, e ainda, quanto mais magoados e ofendidos, maior a intensidade das dores. Talvez, mais esforço nos seja demandado. Assim, comecemos o exercício do perdão assumindo que a raiva, a mágoa, a ofensa existem em nosso coração. Enquanto fingirmos que perdoamos, apenas pelos lábios, sem passar pelo coração, nada acontecerá. Em seguida, busquemos compreender a atitude do outro, daquele que nos ofendeu. Talvez tenha sido um mau dia para ele ou esteja passando por uma fase difícil. Ou ainda, talvez ele mesmo seja uma pessoa com grandes feridas na alma. Por isso, mostra-se tão agressivo. Após compreender, exercitemos pequenos passos de aproximação. Primeiramente, suportemo-lo, enfrentando os sentimentos ruins que poderão brotar em nossa alma, nesse primeiro instante. Mas, persistamos na convivência, por alguns instantes que seja. Em seguida, demos espaço para a tolerância, ensaiando os primeiros passos do relacionamento, mesmo que distante e ainda um tanto frio. Em seguida, estreitemos um pouco mais o relacionamento, através da cordialidade e do coleguismo. Não tardará para que sejamos capazes de retomar a fraternidade e administrar o ocorrido, em nossa intimidade. Afinal, o perdão exige o esquecimento. Porém, não esqueceremos o fato, aquilo que nos causou a mágoa, já que isso se mostra quase impossível. O esquecimento que o perdão provoca é o da mágoa, da ofensa. Quando pudermos olhar nos olhos daquele que nos magoou, com tranquilidade e paz no coração, aí estará implantado em nossa alma, o perdão. Redação do Momento Espírita

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Acorda e Ajuda

Não olvides, cada hora Na luz de Deus a buscar-te, Que a nossa grande família Luta e sofre em toda a parte. Isolamento e egoísmo São meros caprichos vãos. No universo ilimitado Todos nós somos irmãos. Respira ao sol da verdade. Ilusão é sombra e pó. Ontem, agora e amanhã São frases de um tempo só. Qual tronco que se equilibra Fortemente enraizado, Nosso presente obedece À formação do passado. Não te ensurdeças, portanto, À voz do bem que te exorta. Recebe fraternalmente A dor que te bate à porta. Mendigos que vês ao longe, Chorando ao vento escarninho, Já beberam, quase sempre Na taça do teu caminho. Velhos tristes sob a noite, Em desencanto e doença, Muitas vezes são credores De tua afeição imensa. Crianças ao desabrigo Em pranto desolador, Comumente foram rosas E bênçãos de teu amor. Amanhã despertarás Nas luzes do grande além. . . Consagra-te, desde agora, Ao campo do eterno bem. Descerra às chagas da vida O templo do coração. Os braços da caridade São chaves de redenção. Casimiro da Cunha (Chico Xavier)

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Oração de Agradecimento

AGRADECEMOS-TE SENHOR, PELA GLÓRIA DE VIVER PELA HONRA DE AMAR! MUITO OBRIGADA SENHOR, PELO QUE ME DESTE, PELO QUE ME DÁS! MUITO OBRIGADA PELO PÃO, PELO AR, PELA PAZ! MUITO OBRIGADA PELA BELEZA QUE MEUS OLHOS VÊEM NO ALTAR DA NATUREZA! OLHOS QUE FITAM O AR, A TERRA E O MAR. QUE ACOMPANHA A AVE FAGUEIRA QUE CORRE LIGEIRA PELO CÉU DE ANIL, E SE DETÉM NA TERRA VERDE SALPICADA DE FLORES EM TONALIDADES MIL! MUITO OBRIGADA SENHOR PORQUE EU POSSO VER O MEU AMOR! DIANTE DE MINHA VISÃO, PELOS CEGOS, FORMULO UMA ORAÇÃO. EU SEI QUE DEPOIS DESTA LIDA, NA OUTRA VIDA, ELES TAMBÉM ENXERGARÃO! OBRIGADA PELOS MEUS OUVIDOS QUE ME FORAM DADOS POR DEUS. OUVIDOS QUE OUVEM O TAMBORILAR DA CHUVA NO TELHEIRO, A MELODIA DO VENTO NOS RAMOS DO SALGUEIRO, AS LÁGRIMAS QUE CHORAM OS OLHOS DO MUNDO INTEIRO. DIANTE DE MINHA CAPACIDADE DE OUVIR, PELOS SURDOS, EU TE QUERO PEDIR; EU SEI QUE DEPOIS DESTA DOR, NO TEU REINO DE AMOR, ELES TAMBÉM OUVIRÃO! MUITO OBRIGADA SENHOR PELA MINHA VOZ MAS TAMBÉM PELA VOZ QUE CANTA, QUE ENSINA , QUE ALFABETIZA; QUE CANTA UMA CANÇÃO E TEU NOME PROFERE COM SENTIDA EMOÇÃO! DIANTE DA MINHA MELODIA QUERO TE ROGAR PELOS QUE SOFREM PELOS QUE SOFREM DE AFASIA, PELOS QUE NÃO CANTAM DE NOITE E NÃO FALAM DE DIA. EU SEI QUE DEPOIS DESTA DOR, NO TEU REINO DE AMOR, ELES TAMBÉM CANTARÃO! MUITO OBRIGADA SENHOR PELAS MINHAS MÃOS! MAS TAMBÉM PELAS MÃOS QUE ORAM, QUE SEMEIAM, QUE AGASALHAM. MÃOS DE AMOR, MÃOS DE CARIDADE E SOLIDARIEDADE. MÃOS QUE APERTAM AS MÃOS. MÃOS DE POESIA, DE CIRURGIA, DE SINTONIA, DE SINFONIA, DE PSICOGRAFIAS… MÃOS QUE ACALENTAM A VELHICE, A DOR E O DESAMOR! MÃOS QUE ACOLHEM AO SEIO DO CORPO, UM FILHO ALHEIO, SEM RECEIO. PELOS MEUS PÉS, QUE ME LEVAM A ANDAR SEM RECLAMAR. MUITO OBRIGADA SENHOR, PORQUE POSSO BAILAR! OLHO PARA A TERRA E VEJO AMPUTADOS, MARCADOS, DESESPERADOS, PARALISADOS… EU POSSO ANDAR!!! ORO POR ELES. EU SEI QUE DEPOIS DESSA EXPIAÇÃO, NA OUTRA REENCARNAÇÃO, ELES TAMBÉM BAILARÃO. MUITO OBRIGADA SENHOR, PELO MEU LAR! É TÃO MARAVILHOSO TER UM LAR…NÃO IMPORTA SE ESTE LAR É UMA MANSÃO, UM BANGALÔ SEJA LÁ O QUE FOR! IMPORTANTE É QUE DENTRO DELE EXISTA AMOR. O AMOR DE PAI, DE MÃE, DE MARIDO E ESPOSA, DE FILHO, DE IRMÃO… DE ALGUÉM QUE LHE ESTENDA A MÃO, MESMO QUE SEJA O AMOR DE UM CÃO, POIS É TÃO TRISTE VIVER NA SOLIDÃO! MAS SE NÃO TIVER NINGUÉM PARA AMAR, UM TETO PRA ME ACOLHER, UMA CAMA PARA ME DEITAR… MESMO ASSIM, NÃO RECLAMAREI, NEM BLASFEMAREI. SIMPLESMENTE DIREI: OBRIGADA SENHOR, PORQUE NASCI. OBRIGADA SENHOR, PORQUE CREIO EM TI. PELO TEU AMOR, OBRIGADA SENHOR! Agradecimento, Amália, Divaldo, Franco, Oração, Rodrigues

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Perdoa Agora

Não te detenhas! Torna à presença do companheiro que te feriu e perdoa, ajudando-o a recuperar-se. Reflete e ampara-o! Quantas dores e quantas perturbações lhe vergastaram a alma, antes que a palavra dele se erguesse para ofender-te ou antes que o seu braço, armado pela incompreensão, deferisse contra ti o golpe deprimente? Guarda a calma e auxilia, sem cessar. Mais tarde, é possível que não possas, por tua vez, suportar o horrendo assalto da ira e reclamarás, igualmente, o bálsamo da alheia compreensão. Retorna ao teu lar ou à tua luta e espalha, de novo, a bênção do amor, com todos os corações que jazem envenenados, pelo fel da crueldade ou pela peçonha da calúnia. Não hesites, porém! Perdoa agora, enquanto a oportunidade de reaproximação te favorece os bons desejos porque, provavelmente, amanhã, o ensejo luminoso terá passado e não encontrarás, ao redor de ti senão a cinza do arrependimento e o choro amargo da inútil lamentação. ***** Pelo Espírito: EMMANUEL Psicografia: Francisco Cândido Xavier Livro: "Assim Vencerás" - EDIÇÃO IDEAL

domingo, 6 de julho de 2014

Abraço Gratis

Na praça movimentada de um grande centro urbano, por onde circulam milhares de pessoas diariamente, eis que uma pessoa solitária estende um cartaz que diz: Abraçosgrátis. Possivelmente já tenhamos visto alguns vídeos que circulam pela Internet, mostrando cenas muito interessantes e emocionantes envolvendo os heróis dos free hugs, dos abraços grátis. Segundo o site free hugs movement, o registro mais antigo desse tipo de manifestação coletiva aconteceu em 1986, quando o reverendo Kevin Zaborney criou em sua igreja o Dia nacional do abraço, celebrado todo ano, emvinte e um de janeiro. Posteriormente, a esse movimento aderiram outras instituições como ONGs, hospitais, escolas dos Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Austrália, Alemanha e Rússia. Em 2001, Jason Hunter deu início ao movimento Abraços grátis, após a morte de sua mãe. Um dia, que começou em completa tristeza, terminou em grande alegria porque eu percebi que minha mãe tinha feito exatamente o que Deus solicitou dela. - Disse ele sobre o acontecido, no site da sua campanha. Ela adorava abraçar as pessoas, independente da raça ou sexo, e fazer com que soubessem o quanto eram importantes. Que mundo maravilhoso poderíamos ter se fôssemos conhecidos como pessoas que têm um sorriso e uma palavra amável para todos. Jason quis dar continuidade à missão de sua mãe e saiu pelas ruas da praia, ao sul de Miami, com o cartaz escrito Abraços grátis. O vídeo original do Abraços grátis já tem mais de dez milhões de visualizações. Cada pessoa que passa, reage de forma diversa. Há os que rejeitam. Mas os que cedem ao convite simpático, saem com um sorriso no rosto. Há muito mais ali do que o simples ato de abraçar um estranho. Há a doação daquele que se coloca à disposição dos outros para um pequeno gesto de carinho. Imaginamos que nem todos trazem boas vibrações, energias positivas, em seus abraços, pois cada um vem de uma realidade diferente e, muitas vezes, essa realidade é dura e triste. Porém, acabam levando um pequeno mimo, um pequeno consolo, uma breve mensagem que diz: Eu me importo com você. Há também o processo psicológico de se romper com a barreira do afastamento físico, pois muitos trazem bloqueios nas expressões de carinho mais simples e não aprenderam, sequer, a dar um abraço. Nas cenas, vemos os mais diferentes tipos de abraços possíveis: de lado, de longe, com medo, quase sem tocar o outro. É uma verdadeira sessão de psicoterapia, descomprometida, ao ar livre, de onde todos saem melhor. A frase encontrada no cabeçalho do site oficial do movimento resume tudo: Às vezes, um abraço é tudo o de que precisamos. Talvez, muitos de nós não nos sintamos à vontade para abraçar estranhos. Mas, cabe uma reflexão: Será que estamos abraçando os nossos suficientemente? Os mais próximos, os nossos amores? Será que, por vermos nossos pais, filhos, esposos e amigos, constantemente, não estamos deixando de lado os abraços? Respondamos, por fim, a esta pergunta: Quantos abraços já demos hoje? Redação do Momento Espírita

terça-feira, 1 de julho de 2014

Diferentes Estados da Alma na Erraticidade 1 – Não se turbe o vosso coração. Crede em Deus, crede também em mim. – Há muitas moradas na casa de meu pai. Se assim não fosse, eu vo-lo teria dito; pois vou preparar-vos o lugar. E depois que eu me for, e vos aparelhar o lugar, virei outra vez e tomar-vos-ei para mim, para que lá onde estiver, estejais vós também. (João, XIV:1-3). 2 – A Casa do Pai é o Universo. As diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito, oferecendo aos Espíritos desencarnados estações apropriadas ao seu adiantamento. Independentemente da diversidade dos mundos, essas palavras podem também ser interpretadas pelo estado feliz dos Espíritos na erraticidade. Conforme for ele mais ou menos puro e liberto das atrações materiais, o meio em que estiver, o aspecto das coisas, as sensações que experimentar, as percepções que possuir, tudo isso varia ao infinito. Enquanto uns, por exemplo, não podem afastar-se do meio em que viveram, outros se elevam e percorrem o espaço e os mundos. Enquanto certos Espíritos culpados erram nas trevas, os felizes gozam de uma luz resplandecente e do sublime espetáculo do infinito. Enquanto, enfim, o malvado, cheio de remorsos e pesares, freqüentemente só, sem consolações, separado dos objetos da sua afeição, geme sob a opressão dos sofrimentos morais, o justo, junto aos que ama, goza de uma indizível felicidade. Essas também são, portanto, diferentes moradas, embora não localizadas nem circunscritas. E.S.E. -

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Da reencarnação à velhice, um compromisso com nossos pais.

Eis um dos mandamentos da Lei de Deus: "Honra a teu pai e a tua mãe” (E.S.E., cap. XIV; 3). Deus coloca no imperativo o dever que temos para com os nossos pais. O dever de gratidão, de piedade filial, de respeito, de obediência e de condescendência, ou seja, temos a obrigação da caridade, de maneira ainda mais rigorosa, para com eles. Devemos assisti-los em suas necessidades na velhice, cercando-os de solicitude, como eles por nós fizeram na infância. A missão dos pais é educar os filhos, educar os Espíritos. Aos pais que não conseguiram cumprir com a missão destinada a eles, por Deus, somente compete ao Senhor, julgá-los e puni-los. O nosso dever para com Deus é o amor ao próximo, e, não há ninguém mais próximo de nós que os nossos pais. Se devemos ser indulgentes com os nossos inimigos, essa obrigação se faz ainda maior com os nossos pais. Compreender as suas faltas é ser indulgentes com eles. Certos comportamentos, que para nós não representam sequer uma falta, aos olhos de Deus são crimes, e, um deles é a ingratidão dos filhos para com os pais, especialmente na velhice. A Terra é um espaço para se progredir. A hostilidade vem, muitas vezes, de existências passadas. Os Espíritos podem se reunir numa mesma família como prova, “o contato incessante dos seres que ele odiou é uma prova terrível, da qual às vezes sucumbe, se a sua vontade não for bastante forte (...) segundo a boa ou má resolução que prevalecer, ele será amigo ou o inimigo daqueles em cujo meio foi chamado a viver” (E.S.E., cap. XIV; 9). A resposta que o Espírito dá ao comportamento hostil dos pais ou ambiente depende do seu grau evolutivo. Então, não cabe aos filhos culpa-los por seus desajustes. Acreditar-se perfeito é uma imperfeição do Espírito, faz parte do orgulho e o orgulho é contrário à caridade. Antes de cobrar do outro qualidades, olhe para si e veja se as tem. Que Assim Seja! Luz e Amor!

domingo, 25 de maio de 2014

Oração da Amizade

Agradeço Senhor, Cada afeição querida Com que me deste a vida Alegria, esperança, entendimento, amor! Enaltece, por mim, a amizade que vem Resguardar-me a fraqueza em caridade infinda, Sem perguntar porque não posso ainda Entregar-me de todo a prática do bem. Sê louvado Jesus, pela criatura boa Que me escora no caminho. Estendendo-me paz, reconforto e carinho Toda vez que me encontra, auxilia ou perdoa. Faze brilhar, no mundo, o olhar branco e perfeito Que me tolera as faltas, de hora a hora Que me percebe o anseio de melhora E me ensina a servir sem notar meu defeito... Santifica, na terra, o ouvido que me escuta, Sem espalhar a queixa e as aflições que faço, Nos erros que cometo, passo a passo, Nos meus dias de mágoa, sombra e luta!... Abrilhanta, onde esteja, aquele coração. Que me acolhe nos dons da palavra serena E nunca me censura e nem condena, Quando me vejo em treva e irritação. Reclama de esplendor para a Glória Celeste A mão, cuja bondade, em júbilo, proclamo, Que me socorre e ampara aqueles que mais amo No refúgio do lar que me fizeste A Ti, Jesus, meu pálido louvor!... Pelo gesto mais leve e pequenino Das santas afeições que me deste ao destino. Agradeço Senhor!.... Maria Dolores

domingo, 11 de maio de 2014

Retrato de Mãe

Pelo Espírito Maria Dolores Francisco Cândido Xavier Depois de muito tempo, sobre os quadros sombrios do calvário. Judas, cego no além, errava solitário... Era triste a paisagem, o céu era nevoento... Cansado de remorso e sofrimento, Sentara-se a chorar... Nisso, nobre mulher de planos superiores, Nimbada de celestes esplendores, Que ele não conseguia divisar, Chega e afaga a cabeça do infeliz. Em seguida, num tom de carinho profundo, Quase que em oração ela diz: - Meu filho, porque choras? Acaso não sabeis? – replica o interpelado, Claramente agressivo. Sou um morto e estou vivo. Matei-me e novamente estou de pé, Sem consolo, sem lar, sem amor e sem fé... Não ouvistes falar em Judas, o traidor? Sou eu que aniquilei a vida do Senhor... A princípio, julguei poder fazê-lo rei, Mas apenas lhe impus, sacrifício, martírio, sangue e cruz. E em flagelo e aflição Eis que a minha vida agora se reduz... Afastai-vos de mim, Deixai-me padecer neste inferno sem fim... Nada me pergunteis, retirai-vos senhora, Nada sabeis da mágoa que me agita... O assunto que lastimo é unicamente meu... No entanto a dama calma respondeu: - Meu filho, sei que choras, sei que lutas, Sei a dor que causa o remorso que escutas... Venho apenas falar-te Que Deus é sempre amor em toda parte... E acrescentou serena: - A bondade de Deus jamais condena: Venho por mãe a ti, buscando um filho amado. Sofre com paciência a dor e a prova. Terás em breve, uma existência nova... Não te sintas sozinho ou desprezado! Judas interrompeu-a e bradou, rude e pasmo: - Mãe? Não venhais aqui com mentira e sarcasmo. Depois de me enforcar num galho de figueira, Para acordar na dor, Sem mais poder fugir à vida verdadeira. Fui procurar consolo e força de viver. Ao pé da pobre mãe que forjara o ser !.. Ela me viu chorando e escutou meus lamentos. Mas teve medo dos meus sofrimentos. Expulsou-me a esconjuros, Chamou-me monstro, por sinal Disse que eu era Unicamente o espírito do mal, Intimidou-me a terrível retrocesso, Mandando que apressasse o meu regresso Para a zona infernal de onde eu vinha... Ah ! Detesto lembrar a horrível mãe que eu tinha... Não me faleis de mães, não me faleis de amor, Sou apenas um monstro sofredor... Inda assim – disse a dama docemente: - Por mais recuses, não me altero, Amo-te filho meu, amo-te e quero Ver-te de novo a vida Maravilhosamente revestida De paz e luz, de fé e elevação... Virás comigo à terra, Perderás pouco a pouco, o ânimo violento, Terás o coração Nas águas de bendito esquecimento. Numa existência de esperança, Levar-te-ei comigo A remansoso abrigo. Dar-te-ei outra mãe ! Pensa e descansa !... E Judas neste instante. Como quem olvidasse a própria dor gigante, Ou como quem se desgarra De pesadelo atroz, Perguntou: - quem sois vós? Que me falais assim, sabendo-me traidor? Sois divina mulher, irradiando amor, Ou anjo celestial de quem pressinto a luz? No entanto ela a fitá-lo frente a frente, Respondeu simplesmente: - Meu filho, eu sou a mãe de Jesus!!! Do livro "Momentos de Ouro", Maria Dolores (Espírito), Francisco C. Xavier (psicografia)

quarta-feira, 30 de abril de 2014

A Língua




As palavras de bondade que te escapam da boca são tijolos com que o Engenheiro Divino constrói o mundo feliz de amanhã. Toda palavra cunhada de amor e na fraternidade humana são recursos terapêuticos com que o nosso Divino Mestre e Senhor pensa as chagas dos que padecem. Fala, exortando ao trabalho, exaltando a educação, louvando o bem. A palavra de luz equivale a uma cirurgia fluídica, extirpando o tumor cancerígeno do mal; mas ai de ti quando transformas a língua num chicote de fogo a ferir teu irmão! A maledicência que te nasce nos lábios assemelha-se a uma praga fluídica a adoecer o mundo. Da palavra invigilante decorre a ruína de lares, pessoas e comunidades inteiras. Se não desejas voltar amanhã na triste reencarnação dos mundos, matricula-te na escola do universo (Deus), para aprenderes a falar como deves e a calar na hora certa. Jerônimo Mendonça Livro: Escalada de Luz.

terça-feira, 8 de abril de 2014

Um Novo Século de Luz




Ah! Eu queria tanto, como eu queria Que a natureza continuasse Vertendo Amor por toda a Terra Fazendo dos campos verdejantes um tapete de cores Onde a criança caminhasse entre flores Sem temores... Ah! Eu queria tanto, como eu queria Que em cada favela, em cada vila Todas as crianças tivessem guarida No coração do homem... Operário ou empresário Para nele encontrar... Nem que fosse um cantinho Para falar de seus sonhos Que eles não são quimera Que alguém pode fazer dele Eterna primavera... Ah! Eu queria tanto, como eu queria Que ninguém chorasse mais a partida Do filho querido que a morte levou Que descobrisse no Evangelho Que um lugar existe É um mundo tão belo! Nos braços ternos de alguém É recebido ele Com anelo! Ah! Eu queria tanto, como eu queria Que o Século vinte e um Fosse o século de luz Que todos nele se iluminassem Para que o Amor Em todos despertasse... Ah! Eu queria tanto, como eu queria Que todos vivessem em paz E na Terra toda Esta paz reinaria... Demonstrando a você, irmão Que é também capaz De construir o século de luz, Vivendo realmente O grande amor de Jesus Ah! Como eu queria... Autor: Meimei Psicografia de Miltes Bonna

Fala em Paz




Justo lembrar: a voz humana está carregada de vibrações. Esforça-te por evitar os gritos intempestivos e inoportunos. Uma exclamação tonitroante equivale a uma pedrada mental. Se alguém te dirige a palavra em tom muito alto, faze-lhe o obséquio de responder em tom mais baixo. Os nervos dos outros são iguais aos teus: desequilibram-se facilmente. Discussão sem proveito é desperdício de forças. Não te digas sofrendo esgotamento e fadiga para poder lançar frases tempestuosas e ofensivas; aqueles que se encontram realmente cansados procuram repouso e silêncio. Se te sentes à beira da irritação, estás doente e o doente exige remédio. Barulho verbal apenas complica. Pensa nisso: a tua voz é o teu retrato sonoro. Autor: Emmanuel Psicografia de Francisco Cândido Xavier

sábado, 15 de março de 2014

Esclarecimento

Quem falo, minha cumadi, Qui a vida da gente é fácil? Quem disse para ocê Qui inquanto permanecê Nessa luta qui nóis tamo A gente num vai sofrê? Esse tempo qui nóis chama De período redentô, Só passa quando nóis sabe, Qui o Cristo, Nosso Senhô, Na sua grande mensage Envolvida de amô, Num trouxe facilidade; Apenas nos cunvidô A entendê essa verdade: O Espírito criado Pelo amô do nosso Pai Por quere se transviô. E a chamada misericórdia Qui Ele nos presentiô Vai mostrando para nóis Onde é qui nóis faiô. E nóis qui tamo cresceno, Aceitamo o disafio De cunsertá onde errô. Corage, minha cumadi! O qui farta pra ocê? Joga fora essa tristeza! E encara cum firmeza A tarefa qui lhe espera. No caminho qui conquistô; Nesse caminho cumadi, Muito amigo de verdade De ocê se aproximô! Portanto, é o cunhecimento Qui ocê tá arquivano Qui ocê vai precisá E só buscá esse arquivo Para ocê recordá, Qui nóis vamo aproximano... E envolvidos de amô Desse amô qui conquistamo, Nóis e ocê trabaiano, Vamo encontrá a fortaleza, Qui nóis todo precisamo!. Um amigo do Coração -Luci Ferreira de Oliveira- 03/06/13

Ante o Além

A vida não termina Onde a morte aparece. Não transformes saudade Em fel nos que se foram. Eles seguem contigo, Conquanto de outra forma. Dá-lhes amor e paz, Por muito que padeças. Eles também te esperam Procurando amparar-te. Todos estamos juntos. Na Presença de Deus. Espírito: EMMANUEL/Chico Xavier.